Hoje, às 15:00 horas, tivemos uma entrevista com o Presidente da Junta de Freguesia de Cacilhas, Carlos Augusto Aurélio Alves Leal, que muito simpaticamente nos atendeu e mostrou-se muito solícito e pronto a colaborar com o nosso projecto.
A reunião começou pouco depois das três horas, nós todos (Ana, Francisco, Ricardo e Sara) sentámo-nos com o presidente numa sala de reuniões nas instalações da Junta de Freguesia de Cacilhas.
Durante o decorrer da entrevista descobrimos quais são os fundamentos de todos os projectos que estão a acontecer nas várias áreas de intervenção que o grupo escolheu.
Os principais projectos que Almada hoje tem em curso são o Almada Nascente para a região da Lisnave, Cacilhas e parte do Laranjeiro, Almaraz/Ginjal/Castelo para as respectivas zonas, o projecto para o Cristo-Rei, e o programa CostaPolis para a Costa da Caparica. Há ainda o projecto de deslocação que envolve quase toda a cidade, que é o MST, projecto conector da cidade.
A respeito do projecto Almada Nascente sabemos agora que foi um projecto encomendado pela Câmara Municipal de Almada para o reaproveitamento de uma região desaproveitada e em degradação da cidade. O projecto foi encomendado após ter sido chumbado, pelo antigo Ministro do Ambiente, o projecto Elipse . Este projecto previa a construção de arranha-céus, vias-de-cintura rodoviárias a contornar pelo rio todo o complexo, uma ligação subterrânea de metro a Lisboa, e o alojamento de aproximadamente 30.000 pessoas. Devido à pressão estabelecida pela Câmara, que acreditava que era um projecto que criaria uma cidade à margem da cidade de Almada, e ao antigo Ministro do Ambiente, o projecto Elipse não avançou. Hoje, o Almada Nascente substitui-o de forma a integrar na malha urbana um estaleiro desactivado e a expandir a cidade de forma a aproveitar todos os espaços potenciais que ela tem. A ideia seria, numa fase posterior, trazer o terminal do MST para a Doca 13, pensada no projecto Almada Nascente. Por agora, o terminal será em cacilhas.
Depois temos o projecto Almaraz/Ginjal/Castelo que pode ser dividido em três regiões com três núcleos de atracção principais:
- A Quinta do Almaraz terá o centro arqueológico, onde se encontraram registos da ocupação fenícia. Portanto será uma zona de turismo arqueológico, voltada também para a atracção de jovens, uma vez que serão estabelecidos protocolos com universidades estrangeiras para o estudo dos objectos encontrados.
- O Ginjal que é uma área de administração do Porto de Lisboa, terá como principal motor de dinamização um centro de artes interpretativas e cultura. O projecto aí tem algumas dificuldades devido à necessidade de se conciliar interesses privados e públicos, uma vez que parte dos terrenos e casas abandonadas foram compradas por um privado. No entanto, todas as negociações têm sido vantajosas e tudo indica que o projecto avançará permitindo a fixação dos jovens através da cultura.
- O Castelo será uma região de restauração voltada completamente ao turismo.
O Cristo-Rei será uma zona que pode ser aproveitada no âmbito do turismo religioso com a existência de uma rota de santuários que integre Lurdes, Santiago de Compostela, Fátima e o Cristo-Rei.
O programa CostaPolis é importantíssimo para desenvolver o turismo de praia na região da Costa e para revitalizar a região.
O presidente da Junta acredita que Cacilhas é uma região envelhecida e que a pirâmide etária tem que se inverter. Para isso, conta com os projectos em curso na cidade que vêm dinamizar Cacilhas atraindo a população jovem. O metro trará mobilidade, acessibilidade e a possibilidade de criação de zonas exclusivamente pedonais, o que incentivará as pessoas a sair à rua para passear e mudará muito toda a nossa cidade.
Foi uma entrevista muito proveitosa e agradecemos a disponibilidade do presidente da Junta de Freguesia.